Cientistas desenvolveram um útero artificial para dar continuidade ao desenvolvimento de um feto de cordeiro prematuro, nascido com o equivalente a 23 semanas de gestação humana (idealmente são 38). Após realizarem um parto por cesariana, os pesquisadores do Children’s Hospital of Philadelphia, nos Estados Unidos, colocaram o feto em uma bolsa preenchida por um fluido que simulava a placenta, onde o animal permaneceu por quatro semanas e se desenvolveu normalmente. A estrutura, que faz parte de um estudo divulgado nesta terça-feira na revista científica Nature Communications, pode transformar o tratamento de bebês que nascem extremamente prematuros, aumentando significativamente as chances de sobrevivência.

Chamado de prematuridade em estado crítico – entre 23 e 26 semanas de gestação –, um bebê nesse período pesa um pouco mais do que 500 gramas e seus pulmões ainda não conseguem funcionar devidamente. A taxa de mortalidade nestes casos chega a 70%, e aqueles que sobrevivem enfrentam deficiências físicas, neurológicas ou educacionais por toda a vida. Segundo dados da ONG Prematuridade.com, a cada 30 segundos, um bebê morre em consequência do parto antecipado no Brasil.

Da redação do JBN – Fonte: Reprodução/Veja