Sabonetes antibacterianos podem causar danos à saúde e ainda ao meio ambiente. É o que diz o FDA (órgão responsável pelo controle de alimentos e medicamentos nos EUA), que proibiu a comercialização desses produtos, alegando que as fabricantes não conseguiram comprovar a segurança para uso diário e a prevenção de doenças.
De acordo com o órgão, 19 substâncias — entre as quais triclosan, comum nas versões líquidas, e o triclocarban, presente na maior parte dos sabonetes em barra — podem trazer problemas ao sistema imunológico, retirando bactérias que são benéficas para o organismo. Além disso, estão associadas ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer.
Em nota, a Anvisa informou que no Brasil, o triclosan tem o uso previsto para qualquer produto de higiene pessoal, cosmético ou perfume com a função de conservante numa concentração máxima de 0,3%. Já o o triclocarban com 0,2% de concentração máxima. Em outros produtos destinados a serem enxaguados, podem ter concentração de até 1,5%. A Protex, uma das principais fabricantes nacionais, informou que não utiliza o triclosan. Porém há em sua fórmula o triclocarban.
No Brasil existem 215 produtos notificados como sabonetes antissépticos que contém o triclosan e 110 com Triclocarban segundo dados da Anvisa.
A Anvisa disse ainda que tomou conhecimento dos recentes dados relacionados aos riscos decorrentes do uso destas substâncias em cosméticos e está estudando a necessidade de revisão da regulamentação brasileira.