Uma operação realizada na manhã desta quinta-feira (09), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), prendeu 12 homens, entre eles políticos e empresários, envolvidos no caso de exploração sexual de crianças e adolescentes que ficou conhecido como “Meninas de Guarus”, em Campos dos Goytacazes.

De acordo com a denúncia, os réus mantinham e exploravam crianças e adolescentes, entre 8 e 17 anos de idade, em uma casa situada em Guarus, distrito de Campos dos Goytacazes, para fins de prostituição e exploração sexual. O lugar era mantido com as portas e janelas trancadas, com correntes e cadeados, sempre sob vigília armada. As vítimas eram obrigadas a consumir drogas, como cocaína, haxixe, crack, ecstasy e maconha, sem que pudessem oferecer resistência.

Os acusados foram condenados pela juíza Daniela Barbosa Assunpção de Souza, pelos crimes de quadrilha armada, estupro de vulnerável, exploração sexual de crianças e adolescentes entre outros. Foram 14 mandados de prisão expedidos pela juíza, porém os acusados Gustavo Peçanha e Dovany Salvador, estão foragidos.

A maior pena aplicada foi de 31 anos para os condenados Leilson Rocha e Ronaldo Santos, sendo aplicada pena de 12 ao condenado Nelson Nahim.

Condenados no processo:

– Leilson Rocha da Silva, o “Alex”: 31 anos e 1 mês de prisão;
– Ronaldo de Souza Santos: 31 anos e 1 mês;
– Thiago Machado Calil: 25 anos e 8 meses;
– Fabricio Trindade Calil: 25 anos e 8 meses;
– Renato Pinheiro Duarte: 14 anos;
– Nelson Nahim Matheus de Oliveira, ex-presidente da Câmara de Vereadores e ex-deputado federal: 12 anos;
– Fabio Lopes da Cruz: 8 anos;
– Dovany Salvador Lopes da Silva: 8 anos;
– Gustavo Ribeiro Poubaix Monteiro: 8 anos;
– Robson Silva de Barros Costa: 8 anos;
– Marcos Alexandre dos Santos Ferreira; ex-vereador: 7 anos;
– Cleber Rocha da Silva: 6 anos e 6 meses;
– Jayme Cesar de Siqueira: 6 anos;
– Sergio Crespo Gimenes Junior: 1 ano e 6 meses

As condenações foram proferidas após 17 juízes passarem pelo caso e se declararem suspeitos para julgar. Segundo a promotoria do caso, a condenação é em primeira instância, e os condenados podem recorrer. Quatro dos 20 réus do processo foram absolvidos.