A forte estiagem que atinge a região continua prejudicando produtores, agricultores e a população como um todo. Devido a isso, a Prefeita de Italva, Margareth Soares, decretou no último dia 11 de outubro, situação de emergência, buscando amenizar a situação crítica em que passa o município por causa da seca.
O decreto 2302 de 11 de outubro de 2017 destaca a escassez de chuva nos últimos meses. Nos seis primeiros meses do ano choveu apenas 230mm, bem abaixo da média histórica que é de 650mm, uma queda superior a 35%. Com grandes perdas em todas as áreas, a estiagem está se tornando um problema crônico, ocasionando insuficiência na recarga dos mananciais, que vêm comprometendo o armazenamento de água, causando sérios problemas no consumo humano e animal.
Segundo a Secretaria Municipal de Agricultura, os prejuízos econômicos no campo aumentaram significativamente em decorrência da estiagem que já perdura por um longo período. O órgão estima que 80% dos produtores rurais estão sendo afetados pela falta de chuvas. A agricultura gera renda para muitas famílias em Italva, sendo um dos pilares da economia local. Propriedades agropecuárias do município já não dispõem de alimentação suficiente, em especial para o gado, comprometendo a produção de leite e carne. Só neste ano de 2017 há registros de 90 animais mortos devido ao problema.
O decreto estabelece situação de emergência em Italva por cento e oitenta dias (seis meses) ininterruptos, contados a partir de sua publicação. O decreto ainda deve ser reconhecido pelo Estado e pelo Ministério da Integração. “A medida é necessária. É muito grave o que estamos vivendo. A estiagem e os incêndios estão nos preocupando. Tínhamos que tomar uma medida”, declarou a prefeita Margareth Soares, que acrescentou que a Secretaria de Defesa Civil e Ordem Pública coordenará as ações de resposta ao desastre e reabilitação do cenário.