Quais são as implicações da moral e da ética no mundo dos negócios? Esse é o tema central do livro “As organizações são morais?”, do administrador Wagner Siqueira, conselheiro federal pelo Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro (CRA-RJ) e diretor-geral da Universidade Corporativa do Administrador (UCAdm). A proposta da obra é analisar sobre como se formam as doutrinas, as ideologias, as teorias e as práticas no mundo corporativo e nas relações de trabalho e como esses fatores nos influenciam. 

 

Segundo o autor, o livro ainda debate as repercussões da acumulação do capital das grandes corporações e na geração das desigualdades sociais; no respeito ao cliente, na ética empresarial, na empresa cidadã e no voluntariado solidário. 

 

Para Siqueira, no cotidiano somos influenciados, sem perceber, por ordens ou limites de conduta convenientes que levam os profissionais a atitudes e a comportamentos característicos de nossas identidades como pessoas. “São elas: as ordens tecno científica ou econômica; a ordem jurídico-política; a ordem moral; a ordem ética e a ordem espiritual. Nenhuma delas é por si só suficiente”. 

 

Segundo Wagner, estamos sempre, simultaneamente, referenciados por essas cinco ordens sem nos darmos conta disso. Por exemplo, como calcular o preço moral de um barril de petróleo? Siqueira comenta que a economia não responde sobre isso, porque não é a economia que o estabelece, mas as outras ordens externas que não lhe pertencem, e que lhe interpõem limites. “Trata-se de uma ordem jurídico-política, que estabelece os regramentos e a fixação dos limites ao desenvolvimento das ciências e das técnicas, dos produtos e dos serviços, entre o que a sociedade admite como legítimo e ilegítimo, legal e ilegal, entre o que se possa fazer ou não fazer

 

Economia e relações no trabalho

Siqueira diz que a obra trata também da nova economia de consumo e de crédito; da economia 4.0. Apresenta ainda reflexões sobre o cultismo corporativo como indicador das relações de trabalho; as organizações como seitas de devoção; o novo contrato psicológico das corporações, as suas regras de ferro; os mitos do trabalho em equipe; como os líderes se tornaram uma espécie em extinção; o empregado sendo encarado como algo descartável e as relações humanas fugazes no mundo corporativo. 

 

O livro também destaca as perplexidades da geração millennials; a síndrome de Burnout e o suicídio no trabalho; a rebelião das novas elites; a contracultura às organizações e as implicações nas relações no trabalho do fundamentalismo religioso. 

 

– Apresento caminhos possíveis para a busca da realização no trabalho; a necessidade de resgatar o elo perdido das ciências do comportamento humano; como ser feliz no trabalho; como adaptar o trabalho ao homem na busca da humanização das organizações. Mas afinal: as organizações não são morais? A moral habita um reino, as organizações habitam outro bem distinto, o reino econômico. As pessoas, sim, são éticas e morais e devem transformar as organizações em que atuam em espaço da plenitude da realização humana – ressalta.

 

Sobre o autor

Administrador e filho de Belmiro Siqueira, Patrono da profissão no Brasil, Wagner Siqueira é diretor-geral da Universidade Corporativa do Administrador (UCAdm) e Conselheiro Federal pelo Conselho Regional de Administração (CRA-RJ).  

Autor de livros de administração, política e ação legislativa, foi também presidente do CRA-RJ e do CFA, secretário de Administração da Prefeitura do Rio de Janeiro, Presidente do Riocentro e Secretário de Desenvolvimento Social da Prefeitura do Rio, além de ter exercido outros cargos na administração pública e privada. É membro da Academia Brasileira de Ciências da Administração (ABCA), vice-presidente da Escolinha de Artes do Brasil e membro efetivo da Assembleia do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam).

 

Serviço

Livro “As organizações são morais?”

Editora Qualitymark

Páginas256   

ISBN9788541401630   

Valor: R$ 59,90

 

Drumond Assessoria de Comunicação