O governo federal reconheceu situação de emergência em 64 cidades devido ao surto de febre amarela. As portarias foram publicadas no Diário Oficial da União na última segunda-feira (20) pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), vinculada ao Ministério da Integração Nacional.
De acordo com o Ministério da Integração Nacional, entre os critérios para reconhecimento da situação de emergência, estão a dificuldade no controle da doença, a existência de danos humanos consideráveis e a possibilidade de se normalizar a situação a partir do apoio complementar dos governos estaduais ou federal.
Conforme o último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde de Minas Gerais, Coronel Fabriciano, Governador Valadares e Manhumirim, juntas, têm sete casos em investigação. Em todo o estado, 83 pessoas já morreram em decorrência de complicações da febre amarela. Mais 173 mortes ainda estão sendo investigadas.
Outro município de Minas Gerais com situação de emergência reconhecida pelo governo federal é Teófilo Otoni. O município confirmou sete mortes por febre amarela e há mais 17 sendo analisadas.
Próximas de Teófilo Otoni estão as duas cidades com maior número de mortes confirmadas: Ladainha, a cerca de 70 quilômetros, registra 12 mortes por febre amarela, e Itambacuri, a 35 quilômetros, oito.
Além das cidades mineiras, o município capixaba Ibatiba também teve reconhecida a situação de emergência. Não há nenhuma confirmação da doença entre seus moradores, mas há oito casos suspeitos e, em cinco, os pacientes estão em estado grave.
O surto atual já registra casos confirmados em 42 municípios mineiros. Em mais 84 cidades do estado há pacientes com suspeitas. A principal medida de combate à doença é a vacinação da população. O imunizante é ofertado gratuitamente nos postos de saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: Agência Brasil