Ao abrir o site do Disque-Denúncia, o usuário se depara com uma mensagem pedindo doação. A central de atendimento, que opera em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, está sem receber os repasses do governo estadual desde setembro de 2015. Para continuar funcionando plenamente, precisa de doações.

Segundo o coordenador do serviço, Zeca Borges, para o pleno funcionamento da central de denúncias é necessário um orçamento de aproximadamente R$ 6 milhões ao ano – cerca de R$ 500 mil por mês.

Questionado se há risco do Disque-Denúncia acabar, Zeca Borges disse que, no ano passado, chegou a temer que isso viesse acontecer. “Já duvidamos da continuação, mas agora nós estamos com melhores expectativas. A disposição dos empresários cariocas em nos apoiar é grande. Nós estamos resistindo, vivendo de doações privadas, e vamos resistir. O que mais me preocupa é a manutenção da qualidade do serviço. A população confia muito na gente. A gente tem a solidariedade da população e temos que estar à altura dessa solidariedade. A própria polícia confia em nós. Estamos cuidando para manter essa qualidade”, enfatizou o coordenador do serviço.

Por cerca de 15 anos a maior parte da verba do governo era repassada pelo Detran, depois passou a ser diretamente pela Seplag [Secretaria de Planejamento e Gestão]. Há dois ou três anos a gente já estava com cerca de 60% da receita vinda do governo”, contou Zeca Borges. Desde setembro, quando o governo parou de ajudar financeiramente o Disque-Denúncia, foram necessários diversos cortes para equilibrar o orçamento e o maior comprometimento foi na equipe.

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Foto: Reprodução Disque Denúncia