Um jogo pouco conhecido no interior está conquistando adeptos apaixonados em Porciúncula. É o Airsoft, uma modalidade onde os jogadores participam de simulações de operações policiais, militares ou de mera recreação com armas de pressão que atiram projéteis plásticos não letais, utilizando-se frequentemente de tácticas militares.
Para simular as diversas situações de combate, são utilizados equipamentos que disparam bolinhas rígidas de plástico (bbs) de 6 mm de diâmetro, que não possuem nenhum tipo de tinta, ou sistema de marcação.
Os equipamentos utilizados são réplicas externas de armas de fogo reais, porém, seu mecanismo interno em nada se assemelha com as mesmas, sendo impossível qualquer conversão das armas de airsoft para o uso com munição real.
Há cerca de vinte anos chegou ao Brasil, e há dois anos, o Grupamento de Operações Táticas – Fantasmas se formou em Porciúncula através dos fundadores Gustavo Muniz e David Siqueira. O grupo conta com catorze membros, que se reúne para fazer treinamentos na zona rural do município, quando se preparam para os jogos que ocorrem em diversas cidades semanalmente.
De acordo com o Gustavo Muniz, o airsoft é um esporte sem fins lucrativos ou recompensas materiais. “A recompensa maior é a amizade que conquistamos durante os jogos e operações”.O fundador do grupo porciunculense explica que o esporte segue uma filosofia baseada no militarismo. “Utilizamos valores como honra, honestidade, companheirismo, fidelidade, coragem, respeito, humildade. O esporte muda muito a gente. Já vi pessoas entrarem arrogantes e finalizarem humildes”.
As simulações de combate podem durar de duas horas a tempo indeterminado. O grupo porciunculense já esteve em partida de um dia e meio, só parando à noite.
A equipe porciunculense está se destacando, cumprindo os objetivos de jogo propostos junto às equipes da região. O último evento do esporte aconteceu no Sul, a nível nacional, e reuniu 590 participantes de todas as regiões do país. De Porciúncula foram três membros.
Para participar do esporte no grupo porciunculense é preciso que o operador seja maior de idade, tenha sua própria arma (AEG) com Nota Fiscal, ter ficha criminal limpa e seguir o estatuto, além de assinar um termo de responsabilidade e apresentar documentação. O participante, chamado de operador, que não seguir o estatuto, é eliminado do grupo.
Por enquanto, o Grupamento de Operações Táticas – Fantasmas só tem integrantes masculinos. “Mas aceitamos mulheres. Elas são importantes pro jogo, mas não têm regalias. Mulher é uma arma a mais e, geralmente, são boas atiradoras de elite”, desafia Gustavo.
Quem quiser participar do grupo, pode procurar o Gustavo pelo telefone (22) 99923-7306, ou o Thalysson (22) 98148-8945
Da redação do JBN – Por Rosimere Ferreira/Ascom