Fogo rasteiro atingiu, na madrugada desta quarta-feira (20), aproximadamente 15 mil metros quadrados a área do Programa “Uma criança, Uma árvore” que fica às margens do Rio Muriaé na av. Eugênio Monteiro de Barros, no bairro Niterói, em Itaperuna. A área plantada tem 412 mudas diversificadas de espécies nativas da Mata Atlântica que tem como objetivo o desassoreamento do Rio e o fogo atingiu 30% do espaço que é totalmente cercado. O projeto visa plantar uma árvore para cada criança que nasce na cidade.
De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Alair Ignácio, como o caso aconteceu durante a madrugada, sem testemunhas, não foi feito registro de ocorrência e quem colocou fogo teve que entrar na área cercada.
Em nota publicada nas redes sociais, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente lamentou a queimada e considerou o fato como “uma data fatídica quanto às questões ambientais municipais”:
“É lamentável quando nos deparamos com este tipo de situação repugnante, que ofusca nossos olhos e que entorpecem nossas mentes, onde em pleno século XXI ainda existam pessoas ignorantes, sem cultura, insensíveis e sem qualquer apreço ou a mínima preocupação com o ambiente onde vivemos e ainda tendo a audácia de invadir um local indicado por um projeto, cercado, com o intuito de recuperar nossas matas ciliares evitando o assoreamento de um bem precioso e comum de todos que é o nosso rio Muriaé e praticam tal ato”.
O fato ocorrido nos chama a atenção para um problema de grandes proporções em nosso município: as queimadas. Além de ser crime previsto no artigo 41 da Lei nº 9.605/98 e Lei 2.049/92 que constitui crime ambiental, punido com pena de reclusão, de dois a quatro anos e multa, provocar incêndio em mata ou floresta, a fumaça causada pelas queimadas piora com o tempo seco, além da geografia da cidade e fazer com que ela fique retida por mais tempo no ar agravando os problemas de saúde.
Foto: SEMA
