Ao longo do período reprodutivo, para a conscientização ambiental da população, o empreendimento coordenou 8 solturas abertas ao público
Às vésperas de concluir mais uma temporada de desovas de tartarugas marinhas, o Porto do Açu registra mais de 80 mil filhotes soltos ao mar, na extensão de 62 km de praia, que vai do Pontal de Atafona à Farol de São Thomé, em Campos dos Goytacazes. Destes, cerca de 85% são da espécie Caretta caretta, popularmente conhecida como cabeçuda, típica da região. Ninhos da espécie Eretmochlys imbricata, a chamada tartaruga de pente, também foram identificados, mas em menor quantidade, apenas 2%. Todo este acompanhamento é feito pelo Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas, desenvolvido desde 2008 pelo Porto do Açu, com apoio do Projeto Tamar.
“Nós temos o maior orgulho deste projeto. Ele é resultado de um esforço grande que envolve biólogos, veterinários e monitores de praia. As equipes percorrem, diariamente, diferentes trechos de areia, registrando as ocorrências reprodutivas e não reprodutivas de tartarugas marinhas e garantindo o nascimento dos filhotes. Temos atingido um resultado muito positivo”, afirmou o oceanógrafo João Teixeira, gerente de Sustentabilidade do Porto do Açu.
Durante a temporada de desovas, o Porto do Açu coordenou 8 solturas abertas ao público, que foram acompanhadas por mais de 1.500 pessoas, através de uma parceria com a prefeitura de São João da Barra e o Projeto Tamar. Nestas atividades, cerca de 300 filhotes foram soltos ao mar. Ainda dentro do compromisso de educação ambiental, colaboradores do empreendimento ministraram 11 palestras voltadas para crianças e adolescentes em férias, a convite do município de São João da Barra. A bióloga Tatiane Bittar, coordenadora do Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas, foi uma das envolvidas nestas ações. “É muito emocionante perceber que a gente consegue transmitir para estas crianças a importância do cuidado com o meio ambiente. Durante as solturas, é possível ver o brilho no olhar de cada uma delas por estarem em contato com os filhotes e também a curiosidade diante de um aprendizado novo”, contou a bióloga.
Poder levar os filhos e parentes para uma soltura de tartarugas era um pedido frequente dos colaboradores do Porto. Por isso, a última atividade organizada pelo empreendimento foi realizada especialmente para o público interno e seus familiares. Cerca de 60 pessoas participaram do encontro, que aconteceu em frente ao balneário de Atafona, em São João da Barra. Assim que recebeu o convite, o advogado João Geminiani não pensou duas vezes e chamou a filha, de 7 anos, para participar da soltura. “Fico muito satisfeito em ter a oportunidade de trazer minha filha aqui e apresentar a ela toda esta cultura ligada à conservação do meio ambiente. Certamente, esta experiência vai fazer com que ela se torne um adulto com consciência ambiental”, afirmou o consultor Jurídico do Porto do Açu.
O Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas atende a diretrizes técnicas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – Tamar e do Instituto Estadual do Ambiente (INEA).
Fonte: Prumo