Dezenas de servidores do município de Itaperuna estiveram presentes na sessão da Câmara de Vereadores, desta segunda-feira (21), para pedir que vereadores interviessem sobre as medidas de corte na produtividades sobre o salário real após Decreto 5.227 de 16 de novembro de 2016, assinado pelo prefeito Alfredo Paulo Rodrigues Marques, o Alfredão.
A porta voz dos servidores, Itaeci Brum Ruas, discursou na tribuna expondo os problemas atuais vividos pela categoria e questionou as medidas adotadas pela atual gestão, que instituiu o estado de emergência financeira na administração pública municipal. O Decreto desconta 60% dos vencimentos dos trabalhadores de todas as secretarias do município.
Em seu discurso, Itaeci reconheceu o momento de crise e fez algumas ponderações, tais como: o decreto infringiu a Lei da Produtividade; não poderia ter sido assinado no período eleitoral – 90 dias antes da eleição e 90 dias depois; produtividade sendo vista como acessório; e falta de um plano de enfrentamento de emergência financeira para o município.
“Se ele foi eleito e escolhido pelo povo, o prefeito tem que ter no mínimo a capacidade técnica de ser gestor”, disse Itaeci durante o discurso.
“Nós estamos pedindo um mesa de negociação onde o funcionário público seja valorizado, isso não aconteceu até hoje, queremos que isso seja respeitado para falarmos sobre gestão de trabalho, valorização profissional, enfrentamento de crise. Nós também temos capacidade técnica para contribuir”, completou.
Ainda durante o discurso, Itaeci informou que o município recebeu mais de R$2 milhões em recursos e que ninguém sabe desse dinheiro, além disso, termos aditivos para contratos de prestação de serviços estarão sendo votados no Conselho Municipal de Saúde.
“Porque vai votar aumento de verba se não tem dinheiro para pagar o funcionário público?”, questionou.
De acordo com a porta voz, uma reunião foi agendada para às 09h desta quarta-feira com o prefeito Alfredão, conselheiros e funcionários.
Fotos: JBN