O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, informou que o governo vai fazer um cruzamento dos CPFs de beneficiários de programas sociais para tentar identificar irregularidades. Ao participar de audiência na Câmara dos Deputados para debater a proposta de emenda constitucional (PEC) que fixa um teto para os gastos públicos, o ministro explicou que a ideia é passar um pente-fino sobre todas as bases de dados de programas sociais. Com isso, a equipe econômica espera reduzir despesas com fraudes e ter mais eficiência na alocação de recursos.
— Vamos cruzar as bases de dados de todos os programas e identificar os benefícios que podem estar sendo concedidos indevidamente — disse ele, citando como exemplo problemas que existem no auxílio-doença:
— Estamos gastando R$ 20 bilhões com o pagamento do auxílio-doença, dos quais R$ 10 bilhões são para pessoas recebem esse benefício há mais de dois anos.
Segundo o ministro, o governo calcula que pode ter uma economia de R$ 7 bilhões em 2017 com a revisão do auxílio-doença e da LOAS (Lei Orgânica de Assistência Social), sendo que esse número deve subir quando forem analisados outros programas sociais.
— Estamos passando um pente-fino e iniciando um processo de avaliação dos programas. Estamos fazendo um cruzamento das bases de dados e checando para saber se todos os benefícios são, de fato, corretamente concedidos. Esse processo de avaliação nos trará informações sobre a eficiência, a efetividade e a qualidade desse gasto. Elas nos permitirão, com o tempo, uma alocação mais efetiva do gasto público — disse o ministro do Planejamento.