Cinco novas drogas foram incluídas nas listas de substâncias proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A inclusão segue recomendações definidas na 59ª Reunião da Comissão de Drogas Narcóticas (CND) do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

Segundo nota da Anvisa, essas drogas são conhecidas como novas substâncias psicoativas (NSP), moléculas desenvolvidas em laboratório para imitar os efeitos das drogas já classificadas como proibidas para driblar as medidas de controle:

Acetilfetanil: a droga de efeito parecido com a heroína já foi relacionada a ao menos 52 mortes nos Estados Unidos. Entre os efeitos estão euforia, náuseas, confusão, inconsciência, sedação, constipação, coma e dependência.

MT-5: estudado para ser um analgésico na década de 1970, o MT-5 é um opióide sintético com efeito parecido com o da morfina que pode levar à dependência

4,4′-DMAR: o estimulante tem sido vendido informalmente em forma de comprimidos e já foi associado a ao menos 31 mortes. Entre os efeitos estão agitação, hipertermia, convulsões, problemas respiratórios e parada cardíaca.

Alfa-PVP: o estimulante tem sido vendido informalmente em forma de pó ou tabletes, geralmente vindos da China. Foi associado a 140 eventos adversos graves como intoxicações agudas e até óbitos.

PMMA, ou para-metoximetanfetamina: droga relacionada com a metanfetamina tem efeitos que incluem taquicardia, hipertermia, convulsões, problemas de respiração e parada cardíaca.

Essas drogas passam a ser proibidas no Brasil, exceto em trabalhos científicos devidamente aprovados. A Anvisa também incluiu dois princípios ativos à lista de substâncias de uso controlado: o fenazepam e a rufinamida.