PRECE DO ADVOGADO E PROFESSOR.
Obrigado, Senhor!
Pelas profissões que me dotastes: Professor e Advogado.
Naquela, a ousadia de ensinar, educar, instruir (principalmente jovens) para a vida e tentar transformar a sociedade… lidando com personalidades diversas, aprendendo a ser paciente até com os impacientes, verdadeiro, com os falsos e mentirosos; amável e compreensivo com os que cultivavam o ódio, a revolta. Nesta, desenvolvi o senso da Justiça, perseguindo em cada caso a Justiça infinita, embora sabedor que esta só a Vós pertence!
Vivi casos e ‘causos’!
Senti, principalmente nos clientes mais humildes, a gratidão, embora tenha feito somente o meu dever, minha obrigação juramentada.
Fui ético com colegas, juízes, promotores, delegados, servidores da Justiça, até com os sem ética!
Verifiquei, na defesa dos clientes, o quanto Fostes injustiçado no seu ‘julgamento’ ao ser-Lhe/Vous negado um defensor e condenado sem provas, ao sabor de uma motivação político-religiosa e de um ‘plebiscito’, injusto, indecoroso e circunstancial!
Nunca ‘lavei as mãos’, como Pilatos no julgamento de Cristo!
Defendi os fortes com altivez e os fracos com tenacidade e amor.
Lutei por minha Classe, com ou sem mandato, expondo-me a ira de ‘autoridades’ desqualificadas, mas com ‘poder’.
Não poucas vezes chorei por não ter feito a melhor defesa que desejava para convencer o magistrado(a) de seu erro, de sua subjetividade, de sua parcialidade nos julgamentos.
Amei, do meu jeito, ambas as profissões!
Hoje, já decano, olho para minha biblioteca (parte desatualizada) e concluo: foi com estes livros que defendi clientes, pessoas, a Classe!
Alimentei os pobres com a Justiça e supri minha família nas necessidades básicas.
Como herança, deixo uma juíza e dois advogados e uma dezena de colegas que acolhi em meu modesto escritório, que hoje brilham no exercício da advocacia e em funções conexas.
Destes, não quero qualquer tipo de recompensa material, nem reconhecimento. Mas exijo ética, justiça, compreensão, principalmente com os materialmente mais pobres, bem como respeito ao Direito e a Justiça!
Obrigado, Senhor!
Laercio Andrade de Souza
Itaperuma, Dezembro 2015.