Criminosos precisam dos seus dados pessoais para realizarem ataques ou golpes conhecidos como: “rei do pix”, “robô do pix”, phishing, entre outros.
Segundo Azevedo (1998) “a internet tanto ao nível científico, como de divulgação ou recriação, é sem dúvida o espaço planetário mais importante pelo volume de informação disponível e pela facilidade de acesso”.
Por meio das plataformas digitais, é possível acessar informações sobre diversos assuntos, comunicar com pessoas, independente do lugar, seja por mensagens ou vídeo chamadas, dar palestras, ver filmes, ouvir músicas, acessar biblioteca online, artigos, projetos de pesquisas, além das inúmeras ferramentas para reuniões, elaboração de documentos, questionários, para qualquer área: jurídica, tecnológica, comercial, financeira e muitas outras.
As tecnologias foram um grande fator de desenvolvimento e crescimento para as instituições financeiras, pois facilitaram a sua gestão permitindo que tarefas do dia a dia fossem executadas de modo mais rápido e simples. Todo esse avanço facilitou muito a vida do ser humano que não precisa mais se deslocar até uma instituição financeira para realizar transferências, pagamentos, podendo acessar o sistema remotamente, seja pelo próprio navegador ou aplicativo, independente do dia ou da hora, a fim de passar mais segurança e acessibilidade.
Por esse motivo, no dia 05 de outubro de 2020 foi lançado oficialmente o PIX, funcionando apenas no dia 16 de novembro do mesmo ano.
Pix é o meio de pagamento eletrônico, instantâneo, gratuito, criado pelo Banco Central – BC, com o objetivo de facilitar as transações financeiras, podendo ser realizado entre contas em poucos segundos, aumentando assim, a velocidade dos pagamentos, baixando o custo e gerando facilidade de acesso à toda população. Porém, o PIX seria um amigo ou inimigo da população????
Diariamente, pode-se ver ou ouvir casos de golpes sendo aplicados no Brasil. Alguns já até antigos, como por exemplo, a famosa ligação “você ganhou um prêmio, preciso dos seus dados para enviar”, ou “você ganhou um sorteio”, trotes ou os cartões, números de telefones clonados. Porém, muitos utilizam as próprias instituições financeiras para a aplicação de golpes.
Os criminosos têm usado bastante a internet para inovar na tentativa desses golpes, uma técnica conhecida é o phishing, que utiliza mensagens ou e-mails falsos criados com algum link, e que a pessoa clicando, conseguem coletar os dados e invadirem contas.
De acordo com a Receita Federal, foram bloqueados 2,7 milhões de tentativas de golpes. A maioria utilizando pix por meio de ferramentas de engenharia social, que são técnicas empregadas pelos criminosos para enganarem os usuários fazendo com que cedem informações pessoais, através de mensagens ou cadastros.
Uma pesquisa realizada pelo Banco Central, informou que desde novembro de 2020 até junho de 2021, o pix já tinha movimentado cerca de 1,6 trilhões. Porém entre janeiro e julho de 2021, foram registrados 206 boletins de ocorrências de sequestro relâmpago no estado de São Paulo. E segundo o BC, a cada mil transações usando o pix, uma tem suspeita de fraude.
Para conter esses golpes, foram divulgadas algumas regras de segurança para o sistema. Uma das regras seria o limite de horário para transações acima de mil reais, ficando bloqueadas todas as transações realizadas dentro das 20h às 6h. Para as transferências que ultrapassarem tal limite, o cliente precisará de autorização prévia do Banco no período de 24 horas. As novas regras se aplicarão também as outras modalidades de transferência bancária, como o TED – Transferência eletrônica disponível.
Ainda assim, com todas as medidas de segurança fornecidas, o número de golpes não diminui e a população continua caindo, muitas vezes, por descuido ou falta de orientação e/ou conhecimento, clicando em links suspeitos na internet e fornecendo informações pessoais em cadastros de sites e fontes não seguras.
Um assunto que fora muito repercutido nas plataformas digitais – youtube, twitter e instagram, foi sobre um suposto golpe “robô do pix”.
O robô do pix foi amplamente divulgado por influenciadores digitais, em grupos de redes sociais, garantindo uma nova forma de ganhar prêmios e sorteios. O robô do pix, segundo os influenciadores, facilitaria a participação automatizada em sorteios do instagram. Acontece, que para isso, a pessoa precisaria realizar um cadastro em site totalmente não seguro, deixando os dados pessoais mais vulneráveis a ataques e golpes digitais.
Com o avanço tecnológico, é impossível não notar a grande mudança no mundo. Diversas ferramentas que ajudam, facilitam, melhoram o dia a dia da população, como por exemplo, a criação do PIX nas instituições financeiras. Porém, vemos a necessidade de ter muito cuidado, pois os golpes vêm sendo aplicados através dessa forma instantânea de pagamento.
Portanto, a atenção ao fornecer os dados pessoais deve ser dobrada, triplicada, principalmente se forem sites não confiáveis ou fontes não seguras. Alguns cuidados como a troca de senhas regularmente, não sair clicando em links suspeitos e não fornecer excessivas informações pessoais, pois segundo Clive Humby “dados são o novo petróleo”, e é exatamente através dos nossos dados que os criminosos, hackers conseguem invadir nossas contas bancárias.
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Fontes:
BOZANO, Bruna. Robô do pix é confiável? 2021. Disponível em: https://pronatec.pro.br/robo-de-pixeconfiavel/. Acesso em Jan/22.
BRASIL, Banco Central. O que é pix?, 2019 disponível em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/pix. Acesso em Jan/22.
D’URSO, Umberto Luiz Borges. Pix avanço ou problema, 2021. Disponível em:https://www.migalhas.com.br/amp/depeso/354200/pix-avanco-ou-problema. Acesso em Jan/22.
GESTÃO, Click. A importância da tecnologia na gestão financeira, 2021. Disponível: https://www.google.com/amp/s/gestaoclick.com.br/blog/saibaaimportancia-da-tecnologia-na-gestao-fin…. Acesso em Jan/22.