Dia de Proteção às Florestas – produção em agrofloresta é alternativa para regeneração da natureza
17 de julho é celebrado o Dia Nacional de Proteção às Florestas e a data tem como objetivo aumentar a consciência sobre a importância da preservação das florestas para minimizar o impacto sob a qualidade de vida dos seres humanos. Para Marcella Zambardino, co-CEO da Positiv.a, empresa B que cria soluções para cuidar da casa, do corpo e natureza, e especialista no desenvolvimento de produtos sustentáveis, a melhor maneira de realizar essa preservação é olhando de forma mais próxima para os povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e caiçaras. “São eles que cuidam e sabem regenerar as florestas na mesma velocidade que as recebemos da natureza: alimentos, matérias-primas e qualidade de vida”, afirma. A empreendedora também destaca o papel fundamental que as empresas têm na preservação ambiental e na busca por alternativas que causem o menor impacto no meio ambiente. Uma prática que está ganhando cada vez mais força no Brasil são as produções em agroflorestas.
O método foi difundido pelo pesquisador suiço Ernst Gotsch, que trouxe mais luz para o tema observando como as florestas, principalmente a Mata Atlântica, funcionam. Gotsch mora no Brasil há muitos anos e ajudou a difundir a visão da agricultura que reconcilia o ser humano com o meio ambiente, por meio do desenvolvimento de uma apurada técnica de plantio cujos princípios e práticas podem ser aplicados a diferentes ecossistemas.
Marcella Zambardino explica que a produção em agroflorestas se baseia no que podemos encontrar naturalmente no meio ambiente. “Neste sistema, várias espécies são cultivadas em uma mesma área, gerando alta produtiva com espécies em consórcio. Dessa forma, uma protege a outra de espécies predadoras, como insetos. Esse método gera benefícios para o solo, já que várias espécies estão trocando e incluindo nutrientes no local”, explica.
A Positiv.a, por exemplo, atua com parceiros que utilizam esse método para a produção de óleos essenciais – na prática, em uma mesma área de produção estão as árvores de Eucalipto, Melaleuca, Ylang Ylang e as plantações de Lavanda, Alecrim e Capim-limão. Marcella destaca que o segredo para a saúde de qualquer planta é ter um solo saudável e com a troca de nutrientes e a mistura de espécies o solo se mantém úmido, rico de folhas e de microorganismos.
A co-CEO da Positiv.a ainda afirma que a empresa visa implementar novas parcerias com produtores que utilizam o sistema de agrofloresta. “Acreditamos que esses produtos levam toda a saúde do solo e da floresta para a saúde das pessoas e que já passou da hora de colocarmos como prioridade a proteção do meio ambiente. Logo quando meu filho nasceu, uma vizinha que é adolescente me perguntou o que eu achava que ele seria quando crescesse. Eu respondi que gostaria que ele fosse defensor das florestas. Eu demorei bastante tempo para ter consciência sobre a importância da floresta na nossa vida, economia e saúde e, principalmente, para nossa permanência na terra. Para mim, não importa a profissão que ele vai seguir, mas que desde novo ele tenha essa consciência”, finaliza.
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