Alta nas tarifas de água, luz e gás: condomínios buscam soluções para conter os efeitos
Algumas medidas podem ser tomadas para minimizar os aumentos tarifários, que vêm afetando o orçamento das famílias. Principalmente em serviços vitais como água, gás encanado e luz. Para Bruno Gouveia, coordenador da Cipa Síndica, uma das maiores administradoras de condomínios do Brasil, os condomínios podem realizar uma série de ações, como consultorias, instalação de hidrômetros individuais e campanhas internas de conscientização do uso da energia elétrica e conter o efeito destes gastos excessivos.
– São ações simples, mas com efeito bastante positivo. Para tornar, por exemplo, o fornecimento de GLP mais eficiente e a um custo menor nos conjuntos residenciais que administramos, fechamos uma parceria com a Consigaz. Ela nos fornece uma consultoria, sem custo algum para os condôminos, que pode gerar até 30% de desconto no valor final no consumo de gás – explica Gouveia.
Outro conta que vem pesando muito no orçamento das famílias é a da luz. As tarifas tendem a aumentar ainda mais este ano, devido a crise hídrica vivida pelo país. O coordenador Síndico da Cipa aponta que os condomínios devem estar cada vez mais atentos às exigências de autorizações e vistorias para evitar problemas que podem não apenas significar valores astronômicos nos boletos, mas colocar em risco a vida e o patrimônio dos moradores. Dados da Associação Brasileira de Conscientização dos Perigos da Eletricidade (Abracopel) apontam que, em 2020, 54% dos incêndios ocorridos em casas ou apartamentos se deram por causa da sobrecarga no sistema elétrico
– A manutenção preventiva é a melhor solução nestes casos. Moradores e síndicos devem estar atentos a esta necessidade. Contratar empresas especializadas que façam este tipo de trabalho é bem mais seguro e pode evitar tanto o desperdício quanto um incidente bastante amargo para todos – afirma Gouveia.
A partir deste ano, todas as novas edificações no país deverão contar com hidrômetros individuais nas suas unidades de moradia. A Lei Federal que garantiu essa autonomia no controle da água em cada apartamento (13.312/16) visa diminuir o desperdício e garantir uma maior autonomia no controle sobre o uso do produto. Para Bruno Gouveia, coordenador da Cipa Síndica e uma das maiores administradoras de condomínios do Brasil, a medida ajudará a dar mais justiça na cobrança da conta d’água e gerar economia por parte dos moradores.
– Muitas vezes, dividir em partes iguais a conta não é a forma mais justa de cobrança. Um condômino que busca economizar água acaba pagando pelo desperdício de um vizinho. Isso acaba gerando muita reclamação e dando muita dor de cabeça aos síndicos – argumenta Gouveia.