Abastecimento de água preocupa condomínios
Uma questão que vem causando preocupação nos condomínios é a questão do abastecimento de água, tanto pela necessidade de manter a higiene em meio a uma pandemia, com as pessoas mais tempo dentro de casa, quanto pela qualidade da água oferecida pelas concessionárias. Muitos síndicos e administradores vêm se atendo, cada vez mais, a manutenção correta das bombas de água. O coordenador Síndico da Cipa, uma das maiores administradoras de condomínios do país, Bruno Gouveia, alerta que um simples defeito pode deixar todos os moradores sem água.
– Em casos extremos, como em uma tempestade que cause enchentes, se as bombas não estiverem a todo vapor, os prejuízos podem ser enormes. A palavra-chave para quase todos os problemas relacionados com bombas é manutenção – explica Gouveia
Segundo ele, com uma boa manutenção, a bomba pode durar até 20 anos. Gouveia aconselha a contratação de uma manutenção mensal
– Um contrato mensal não é muito caro e é um conforto para o síndico. A mensalidade pode incluir, por exemplo, a conservação dos equipamentos, um plantão de 24 horas, inclusive domingos e feriados, a troca de peças ou o empréstimo de equipamentos por até 30 dias. Se uma bomba pifa num momento mais drástico, o pagamento de um serviço em regime de urgência vai ser muito caro e o prestador de serviço pode ter a procedência duvidosa. Por isso, a opção pelo contrato é um conforto para o síndico e para os moradores”, explica o coordenador Síndico da Cipa.
Dentro de um único condomínio interagem, no mínimo, três tipos de bomba. Bombas de recalque, para o abastecimento de água; bombas submersíveis, para esgotamento e drenagem; e bombas centrífugas, para o sistema de combate a incêndio. Se o prédio tiver piscina, aí também precisa ter bomba autoaspirante.
– Os maiores condomínios acrescentam sistemas como Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), reuso de água, irrigação e pressurização. O importante para o síndico é saber a função de cada uma e suas particularidades – afirma Cláudio Carvalho, diretor de Operações da empresa Hidroluz.
Paulo Roberto é síndico há quatro anos e meio do Condomínio Red Bali, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. No local, circulam cerca de mil pessoas diariamente. Segundo ele, um problema de falta d’água, ainda mais num momento com pandemia, poderia causar “uma guerra” no condomínio. Ele mantém um contrato com uma empresa que realiza manutenção periódica e conserto do equipamento e possui bombas reservas.
– Com o contrato, muitas vezes, as bombas são revisadas antes mesmo de apresentarem algum problema e os moradores não são incomodados. A gente não faz exame preventivo para cuidar da saúde? Com o condomínio é a mesma coisa. É como um corpo humano. As bombas são como o coração pulsando dentro do condomínio, levando água para todos os apartamentos – afirma.