CAFÉ: NY tem forte alta e chega a US$ 1,50 libra com clima seco no Brasil

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quarta-feira com preços acentuadamente mais altos.
As cotações decolaram em Nova York, e na máxima do dia o contrato julho chegou a passar de US$ 1,50 a libra-peso. O mercado voltou a atingir os patamares mais elevados desde fevereiro de 2017, diante da preocupação com o clima seco nas regiões cafeeiras do Brasil, o que gera apreensão maior e especulação com o déficit na oferta contra a demanda em 2021/22.

Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, o mercado disparou sem previsão de chuvas nas próximas duas semanas no cinturão cafeeiro do Brasil. Esse “cenário pode agravar o quadro de quebra da safra 2021 e minar o potencial produtivo de 2022”, comenta.
Barabach diz que a posição julho 2021, que flertava com o suporte de 140 cents, não só retomou o traçado de alta como venceu o topo gráfico de 147,65 cents e já testa a resistência de 150 cents em NY. “As feições técnicas estão positivas, com a posição Jullho/2021 bem acima das linhas médias e distante do parâmetro de 100 períodos, o que renova o fôlego de alta do movimento”, aponta. O desafio de curto prazo é vencer a linha de 150 cents, o que daria novo impulso à alta.
A queda do dólar contra o real no Brasil foi outro aspecto positivo para as cotações do café em NY.
Os contratos com entrega em julho/2021 fecharam o dia a 149,85 centavos de dólar por libra-peso, com valorização de 9,50 centavos, ou de 6,8%. A posição setembro/2021 fechou a 151,75 centavos, ganho de 9,45 centavos, ou de 6,6%.