O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro acatou um pedido da Procuradoria Regional Eleitoral e aumentou a condenação do ex-governador Anthony Garotinho para 13 anos e 9 meses de prisão por compra de votos nas eleições municipais de 2016.

Garotinho foi condenado por unanimidade, nesta quinta-feira (4), pelos crimes de corrupção eleitoral, associação criminosa, supressão de documento público e coação no curso do processo. A decisão confirma o que havia sido determinado pela Justiça Eleitoral em Campos dos Goytacazes.

Procurado, o ex-governador afirmou que irá apresentar recurso contra a decisão.

Em Campos, Garotinho já tinha sido condenado a nove anos e 11 meses de prisão, além do pagamento de multa de R$ 198 mil. Pela lei eleitoral, a condenação em segunda instância torna Garotinho inelegível por oito anos, ou seja, até 2029.

O ex-governador foi processado após a “Operação Chequinho”, que investigou o uso ilegal do programa social Cheque Cidadão, da Prefeitura de Campos dos Goytacazes (RJ).

A investigação revelou que Anthony Garotinho usou o programa para “cooptar votos para seu grupo político”. Na ocasião, a prefeita de Campos era a esposa de Garotinho, Rosinha Matheus, e o ex-governador era o secretário municipal de Governo dela.

“As provas reunidas apontam de forma inequívoca a existência de um estratagema criminoso que deturpou a utilização do referido programa social, de forma espúria e sabidamente ilícita, em favor de um grupo político e em prejuízo dos cofres públicos”, sustentou o MP Eleitoral no parecer pela manutenção da condenação.

Fonte: G1