O governador em exercício, Francisco Dornelles, confirmou neste domingo (19), que os recursos que chegarem do Estado do Rio por meio do socorro financeiro da União serão utilizados para a conclusão das obras da Linha 4 do metrô e para reforçar a área de Segurança Pública.

Com isso, os R$ 3 bilhões postos à disposição do governo estadual não serão gastos para quitar a segunda parte dos salários de maio dos servidores.

— Esse aporte não é para o Rio, é para a Olimpíada. É um compromisso com o governo federal. Vamos investir no metrô e na Segurança. Precisamos de mais gente na rua, de policiamento ostensivo. Nós temos que ter reforço durante os Jogos. Não é para pagar servidores — disse o governador em exercício, em entrevista ao jornal “O Globo”.

A ajuda será fundamental para a conclusão da Linha 4 do metrô, hoje com cronograma atrasado. Outra prioridade será o pagamento dos quatro meses de atraso do Regime Adicional de Segurança (RAS), programa que paga horas extras a policiais que trabalham em períodos de folga. Ao justificar a ajuda da União, Dornelles afirmou que o Planalto tem uma dívida com o Estado do Rio.

— Acho que o Rio vive uma situação específica. O governo federal não cumpriu o compromisso com o Comitê Olímpico de conseguir recursos e empréstimos para a mobilidade. Existe uma dívida. A Olimpíada é um evento do Brasil, que não pode fracassar. Não vamos fracassar. Vai ser um sucesso — cravou.
Na última terça-feira, o governo estadual pagou pouco mais da metade dos salários de 393 mil servidores públicos. A promessa era de anunciar, “o quanto antes”, a data para quitar o restante dos vencimentos. Durante a semana, porém, a Secretaria de Fazenda afirmou que não há uma data certa para o depósito, já que depende da arrecadação até o fim do mês. O valor total que resta para quitar a folha é de R$ 468 milhões.