Pregadores da Alegria: uma história de superação, solidariedade e fé

Cleitom – Tudo começou quando eu estava passando por um período de descoberta de uma doença chamada Colesteatoma. Doença localizada no ouvido esquerdo e direito. Depois de 3 cirurgias e dezenas de idas e vindas ao hospital, tanto para curativo, como para tomar remédio para amenizar minhas dores, vi no hospital um lugar muito ” vazio “. Certo dia, depois de assistir a uma pregação na igreja em que frequento, Igreja Tanque de Betesda, fui convidado pelo Pr. Beto, coordenador dos Ministros da Alegria de Belo Horizonte, para fazer um curso de palhaçaria e surge assim, direto do coração de Deus, o “Doutorí Chulé”. Comecei a transformar este sonho em realidade no dia 12 de março de 2015, sozinho, mas sempre pensando em crescer o ministério.  E foi só questão de tempo, crescemos e estamos crescendo para honra e glória Daquele que nos separou para ensinar que “a alegria do Senhor é a nossa força”.

JBN – Enfrentou dificuldades no início ou enfrenta até hoje?

Cleitom – No começo enfrentei um pouco por estar sozinho, mas quando o grupo começou a crescer foi ficando mais fácil, pois quando você tem um grupo focado e comprometido com o ministério tudo se torna mais fácil.

JBN – É uma iniciativa totalmente particular ou tem o apoio de alguma organização ou instituição?

Cleitom – De início nós temos o total apoio de nossas igrejas, pois somos formados por um grupo de evangélicos e somos um grupo Interdenominacional. No entanto, estamos formalizando os documentos necessário para brevemente nos tornarmos uma ONG. Podendo assim, em um  futuro bem próximo, termos o apoio de pessoas físicas e empresas.

JBN – Em que locais realizam o trabalho do grupo e qual foi o mais marcante até hoje?

Cleitom – Hoje nós atuamos no Hospital São José de Avaí, no Hospital da Clínicas, no Asilo Santo Antônio dos Pobres e na UPA.

Citar uma única história fica difícil, pois todas são muito importantes para nós, mas temos uma muito marcante, de um rapaz de Porciúncula chamado Nério.  Hoje nós o chamamos de Robocop. Ele estava vindo para Itaperuna e sofreu um grave acidente de moto e poderia sofrer amputações dos membros e algumas outras sérias complicações. Hoje podemos afirmar que ele é um grande milagre de Deus. Tem o movimento dos braços e permanece com todos os seus membros. E daqui alguns meses, estará conosco sendo um Pregador da Alegria.

JBN – Quem são os pregadores da alegria?

Cleitom – Hoje nós somos por enquanto 23 Doutores Palhaços. Doutorí Chulé, Feijão, Juju. Baby, Lilica, Tico e Teco, Timão e Pumba, Geléia, Paixão, Kiki, Super Lili, Anja, Cafezinho, Pipoca, Biju, Magali, Táta, Madu, Cerejinha, Zezinho, Dinha.

Temos médicos, pedagogos, engenheiros, professores, fisioterapeutas, advogados, pastor, etc… Vamos de 18 a 100 anos de idade(risos).

Cleitom – Nossa maior motivação é ver o sorriso das pessoas em um momento de dor e muita tristeza. Nós levamos a palavra de Deus de uma forma diferente e não levantamos bandeiras religiosas ou de igrejas, por isso as pessoas nos recebem com muita alegria. E é claro, temos muito amor ao que fazemos, não por obrigação. E a grande recompensa é ver a alegria não só dos pacientes, mas também de todos que ali trabalham, desde a pessoa que faz a faxina, seguranças, enfermeiros(as), médicos(as) e não esquecendo da parte administrativa. Nossa maior motivação é cumprir o nosso “ide”!

Quem quiser acompanhar de perto o trabalho dos Pregadores da Alegria, pode seguí-los em suas redes sociais, no Facebook e Instagram.