Número de corridas caiu devido a pandemia de coronavírus. Profissionais reclamam também da concorrência dos motoristas de aplicativos.

Com a pandemia do novo coronavírus, os taxistas descobriram um adversário muito maior que a concorrência dos motoristas de aplicativos. Mesmo que o período de quarentena esteja só começando, eles já sabem que a luta para fechar a conta no fim do mês vai ser difícil.

O número de corridas caiu para cerca de 60% do habitual, a depender da sorte, e o clima é de angústia entre os motoristas.

“A situação está muito complicada. São três, quatro corridas por dia. Desgaste mental, desgaste físico, correndo risco de pegar coronavírus”, reclamou um taxista de 36 anos, que costuma fazer cerca dez corridas em dias comuns. Com as contas do mês chegando, a prioridade é colocar comida na mesa.

“Venho para a rua só para defender o alimento dos meus filhos. Dívidas, estou deixando para depois”, disse.

Outro profissional de 63 anos, é diabético e está no grupo de risco. Apesar de aposentado, ele precisa trabalhar para complementar a renda, mas sempre com muito cuidado para evitar o contágio.

“Ganho um salário mínimo, mas isso mal dá para comprar os remédios. Ainda tenho que fazer a manutenção do carro”, explicou ele. “Uso álcool em gel, o que eles mandam. Não uso máscara porque espanta o passageiro, ele pode pensar que estou contaminado”, completou o taxista.

E além das contas, os profissionais precisam arcar com os custos da manutenção do carro. Pior ainda para quem é taxista auxiliar, que precisa pagar diárias. Entretanto, alguns revelam que chegaram a um acordo para reduzir esse valor.

Fonte: Rádio Itaperuna 96.9 FM, com informações de O Dia