Instituições particulares no estado do RJ terão que adotar a medida enquanto durar o plano de contingência do novo coronavírus. A medida visa contribuir com os trabalhadores que ficaram sem renda ou tiveram o salário reduzido devido à necessidade de isolamento para evitar a contaminação.

 

Um projeto de lei quer obrigar as escolas particulares no Rio de Janeiro a reduzirem suas mensalidades em pelo menos 30%, enquanto durar o plano de contingência do novo Coronavírus da Secretaria de Estado de Saúde. A medida visa contribuir com os trabalhadores que ficaram sem renda ou tiveram o salário reduzido devido à necessidade de isolamento para evitar a contaminação.

A autoria é do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado André Ceciliano (PT), em colaboração com os deputados Dr. Serginho (PSL) e Rodrigo Bacellar (SDD). Segundo o texto, as unidades de ensino que possuem calendário escolar regular, com férias no meio do ano, poderiam aplicar o desconto a partir do 31º dia de suspensão das aulas. Já as creches, internatos e demais instituições que seguem calendário ininterrupto de aulas ficariam obrigadas a dar o desconto imediatamente após a data da sua publicação da proposta.

O descumprimento implicaria na aplicação de multas pelos órgãos responsáveis pela fiscalização do direito do consumidor, como Procon-RJ. Com a liberação para o retorno às aulas, a lei seria automaticamente cancelada.

Ceciliano defende que as escolas estão com as despesas reduzidas com itens como a manutenção do espaço, água, energia e alimentação de seus funcionários e alunos. Dessa forma, não seriam prejudicadas com a redução das mensalidades.

— A nossa intenção é ajudar o cidadão que está sem renda, ou seja, os pais desses alunos. O próprio Dr. Sérgio, deputado, é dono de três escolas na Região dos Lagos e acredita ser possível implementar essa redução de 30% nos valores. A ideia é que, com o restante, as escolas consigam manter seu quadro de professores e funcionários — explicou.

O presidente da Alerj ainda se colocou à disposição para ouvir queixas e sugestões das instituições de ensino. O projeto deve ser voltado no plenário na próxima quarta-feira, dia 1º de abril.

Ascom