O volume de produção industrial da região Noroeste Fluminense apresentou queda menos intensa, mas manteve resultados negativos no final de 2019, revelou a Sondagem Industrial, divulgada pela Firjan.
A sondagem é um levantamento de opinião empresarial. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Os valores abaixo de 50 pontos indicam pessimismo ou redução e acima de 50 pontos representam otimismo ou aumento.
A pesquisa mostrou que volume de produção caiu (48,6 pontos). Esse movimento influenciou no nível de estoques, que cresceu no último trimestre de 2019 (52,3), mas se manteve abaixo do planejado ( 45,5)
A indústria da região registrou leve redução na capacidade instalada (55%) frente ao mesmo período de 2018 (56%). O indicador se manteve o abaixo da média histórica.
Com a atividade industrial aquém do esperado, os industriais do Noroeste Fluminense se mantiveram insatisfeitos com a situação financeira de suas empresas (42,4 pontos). Eles apontaram dificuldade de acesso ao crédito (35,4 pontos) e insatisfação na margem de lucro (40,4 pontos). Na comparação com o último trimestre de 2018 (42,5 pontos), a avaliação quanto à situação financeira se manteve estável.
Em contrapartida, para os próximos seis meses, os industriais do Noroeste estão entre os mais confiantes do estado. Eles estão otimistas em relação à demanda por produtos industriais (54,4 pontos) e, consequentemente, compra de matérias-primas (54,4 pontos). Quanto às exportações, a região é a mais otimista do Rio.
Já para realizar investimentos, os empresários ainda aguardam a melhora do mercado e a recuperação efetiva da situação financeira das empresas.
Participaram da Sondagem Industrial empresas dos 13 municípios atendidos pela Firjan Noroeste Fluminense: Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Italva, Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, São José de Ubá e Varre-Sai.
A Sondagem Industrial que tem como objetivo identificar as situações passadas e expectativas futuras da indústria. A pesquisa é realizada mensalmente desde setembro de 2010 pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) em parceria com Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para a análise foi usada uma margem de erro de um ponto.
Ascom