Uma mulher de 29 anos, cuja identidade não foi divulgada, recebeu alta do Hospital Municipal de Miracema, depois de ficar internada em observação com suspeita de intoxicação após ingerir em um bar de Macaé, um dos tipos da cerveja Backer, cuja empresa responsável é investigada em Minas Gerais por falha no processo de fabricação. A paciente contou aos médicos que consumiu uma das marcas da cervejaria, a ‘Capitão Senra’, na semana passada na Praia dos Cavaleiros e que sentiu depois forte dor de cabeça e enjoo. Ao chegar em Miracema, onde mora a família, a mulher procurou atendimento e foi internada. Os médicos solicitaram exames que não apresentaram alteração em quadro clínico.

Na terça-feira (14), a diretora executiva da Backer, Paula Lebbos, pediu que ninguém consuma a marca. Testes feitos em laboratório pela Polícia Civil identificaram a presença do anticongelante ‘dietilenoglicol’ em tanques de produção anterior ao processo de fermentação, e acreditam que a substância tóxica pode ter contaminado toda a cerveja produzida pela empresa. A fábrica está interditada desde a sexta-feira (10).

O Diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura, Glauco Bertoldo, informou que são consideras três hipóteses para a contaminação: sabotagem, vazamento ou uso incorreto do éter de glicol para resfriar a produção.

De acordo com a presidente da Sociedade Mineira de Nefrologia, Lilian do Carmo, os primeiros sinais de intoxicação por dietilenoglicol são dores abdominais, náuseas e vômitos. Depois, os sintomas da síndrome nefroneural evoluem para alterações neurológicas e insuficiência renal. O tratamento é feito no hospital, com uso de etanol como antídoto.

Fonte: 96.9 FM – Foto: Divulgação