A produção industrial do Noroeste Fluminense continuou registrando queda. É o que mostra a quarta edição da série Retratos Regionais – Cenário Econômico 2018, divulgada pela Firjan esta semana. A nova edição dos Retratos Regionais inclui dados do terceiro trimestre e mostra o estado do Rio em trajetória de evolução, porém aquém das expectativas e menos intensa do que no restante do país. Aponta também uma recuperação da atividade produtiva concentrada em poucos setores, como refino. Entre as regiões, apenas duas se destacaram: Centro-Sul e Centro-Norte.
De acordo com Nayara Freire, analista de Estudos Econômicos da Firjan, isso se explica pela situação fiscal do estado, que é das mais graves do país, gerando impactos negativos sobre a segurança pública, a economia, renda, mercado de trabalho e também sobre os demais setores, como o comércio.Diante desse cenário, as condições financeiras das empresas do Noroeste Fluminense ainda estão muito ruins. As margens de lucro estão baixas. Já o acesso ao crédito apresentou pequena evolução durante o ano.
A pesquisa também analisou as expectativas dos empresários em relação ao novo governo estadual. Segundo eles, os maiores desafios a serem enfrentados são a elevada carga tributária, a competição desleal e a falta de capital de giro.Mesmo assim, para os próximos seis meses, os empresários da região estão otimistas quanto à demanda por produtos e exportação, compra de matéria prima e novas contratações, porém continuam pessimistas quanto a novos investimentos para aumentar a capacidade produtiva de suas empresas.
“Além da fraca retomada da atividade econômica, a situação financeira das empresas seguiu ruim e esse é outro fator que impacta novos investimentos. Adicionalmente há as incertezas em relação ao próximo governo”, destaca Julia Pestana, analista de Estudos Econômicos”.
Da redação do JBN com Ascom