Como bom ícone que é, a princesa Diana não só ditou moda das décadas de 80 e 90, como apostou em peças que viriam a se tornar clássicos anos depois. Prova disso é que seu estilo continua pautando looks que surgem nas passarelas e ruas mundo afora.

Ousada, ela mudou até o dress code da realeza – antes de Diana, o preto era usado só em funerais. Depois, ganhou eventos glamourosos.

E sua presença na moda é extremamente vasta: da bolsa Lady Dior, que a homenageia, ao estilo naïve, que ela representava com seus vestidos de camponesa, passando pelas roupas fitness, pois levava looks de ginástica para além da academia.

Aliás, qualquer semelhança entre os moletons oversized usados por ela com bermuda ciclista e o mood esportivo de 2018 não é mera coincidência: o estilo princesa Diana surge nas tendências mais inesperadas.

A era da inocência

Quando ganhou o olhar do público, aos 19 anos, ela conservava o ar romântico e bucólico do interior da Inglaterra. Babados, drapeados, golas altas e poás eram seus melhores amigos. Parece familiar?

Vinte anos depois de sua morte, olhe para as passarelas: laços e rendas na Simone Rocha, babados na Valentino, vestidos com gola alta e mangas compridas, bem comportados, na Blumarine – e ainda com estampa floral azul, cor favorita da princesa.

Somem-se a isso os poás, que invadiram, inclusive, o guarda-roupa de Kate Middleton, a duquesa de Cambridge. Detalhe: as duas escolheram vestidos com bolinhas para a saída da maternidade, quando ganharam seus primogênitos.

Rainha das padronagens

Melhor garota-propaganda da moda inglesa, a princesa Diana sabia tirar proveito da história, em uma verdadeira aula de diplomacia fashion: valorizava os designers locais e era fã de padronagens clássicas, como o xadrez príncipe de Gales. Mais britânico impossível, como atestam labels como Alexander McQueen e Vivienne Westwood Anglomania, em constantes reinterpretações do tema.

Blazers e tailleurs em variações de xadrez ou risca de giz eram praticamente seu uniforme, assim como a bolsa de mão e os scarpins claros – outro hit que voltou com tudo.

O mais incrível? Lady Di já investia em uma silhueta oversized, muito antes do boom Balenciaga, brincando com a ideia de genderless (na época, o unissex). Lembra do corte de cabelo curto, Joãozinho? Hoje é adotado por ícones de estilo como Paulinha Sampaio, outra prova de que ela já antecipava futuros clássicos.

Choque de cor

Pouco a pouco, a moda da princesa Diana também foi ganhando mais cor, bem no embalo 80s. Visionária, adiantou as tendências da década, caso do vermelho usado com rosa – vale a pena dar uma olhada no último desfile de Carolina Herrera, repleto de tons vibrantes.

Longos de festa em cores de pedras preciosas? Sim, o atual dress code dos grandes eventos também encantava a princesa, que apostava em vestidos roxo-ametista, vermelho-rubi, verde-esmeralda, azul-safira… Tudo com sapatos e bolsas no mesmo tom, exatamente como está em voga agora.

E o que dizer do seu amor por Versace? Vibrantes e sexy, os vestidos retratavam seu lado fun. “Ela realmente se divertia com a moda, assumia riscos e experimentava estilos”, diz Eleri Lynn, curadora da exposição “Diana: Her Fashion Story”.

Menos também é mais

Chegando aos anos 90, como pedia o minimalismo da década, a princesa Diana foi simplificando um pouco seu estilo. Seu último ensaio para a Vanity Fair, em 1997, por exemplo, mostra a princesa de Gales em looks brancos, sem nenhuma joia e descalça, mais uma imagem completamente nova na realeza.

Outra peça emblemática do seu closet, que virou história e continua em alta até hoje, é o vestido preto sexy, com decote ombro a ombro – o equivalente a um Jacquemus no século 21.

Conhecido como revenge dress (ou vestido da vingança), foi usado na noite em que o príncipe Charles admitiu ter um caso com Camilla Parker-Bowles. Com ele e com uma gargantilha de pérola (sim, ela aderiu aos chokers), Diana usou a moda para dar o seu recado. E para deixar um rico legado.

Fonte e Fotos: farfetch.com