Por muitos anos, empresas focaram suas escolhas durante o processo de seleção de candidatos no reconhecimento de habilidades intelectuais e conhecimentos técnicos. Pouco ou quase nada envolvia a emoção e a personalidade – uma vez que o foco era encontrar pessoas altamente racionais e de pensamento crítico para exercer funções de alta competência ou mesmo em cargos menores.

Pesquisadores já revelaram que profissionais com pouca inteligência emocional não conseguem controlar emoções e humor e isso interfere diretamente nas relações entre colegas e na organização como um todo.

O ambiente de competição global e a realidade macroeconômica em que as companhias brasileiras estão envolvidas exige de gestores posturas que assegure a obtenção de resultados máximos e mantenha o negócio sustentável. Muito além de ser chefe, gestores precisam saber liderar e a pensar, além disso, manter-se atualizado, pessoal e organizacionalmente.

Emoções influenciam relações entre pessoas dentro de uma organização, no caso de gestores, reações emocionais acabam envolvendo e influenciando toda a equipe de trabalho. É de grande responsabilidade da liderança a forma como a equipe se comporta, já que é o gestor responsável em direcionar a equipe no alcance dos objetivos da empresa. O líder emocionalmente inteligente reconhece a importância da compreensão de si próprio e dos integrantes da sua equipe, esta é a base para que haja interações pessoais afetivas positivas, ou seja, que a convivência gere satisfação para todos os envolvidos.

Mas o que é Inteligência Emocional? Quais as características que um gestor deve ter para saber lidar com sua equipe?

Elaborei alguns esclarecimentos que vão auxiliar você a compreender a importância de conhecer emocionalmente a si próprio e seus colaboradores para uma gestão eficiente. Acompanhe!

O que é Inteligência Emocional?

Saber ler, interpretar e responder às emoções, tanto as próprias como quanto às dos outros é o que define a Inteligência Emocional. Pessoas que apresentam um elevado nível de inteligência Emocional são hábeis para perceber, controlar e compartilhar emoções e, acima de tudo, contornar conflitos de personalidade que influenciam todos que estão a sua volta – um desafio quanto ao ambiente organizacional. Esta competência de se autoconhecer emocionalmente contribui significativamente para a geração de um ambiente colaborativo e de um trabalho em equipe eficaz e eficiente.

Gestores que sabem lidar com a inteligência emocional desenvolvem mais facilmente respostas proativas em relação a equipe, não importando o quão diversificado seja o perfil de cada membro do grupo. Para a liderança, a inteligência emocional é fundamental. Várias empresas passaram a selecionar seus gestores não mais com base no conhecimento técnico e experiências profissionais. Bons líderes passaram a serem reconhecidos pelas habilidades que possuem em gerenciar pessoas de origens multigerenciais e multiculturais.

Líderes emocionalmente inteligentes geram maiores resultados

Com já foi dito anteriormente, saber controlar e administrar a inteligência emocional vai além de conhecimentos técnicos. Organizações que dispõe de gestores emocionalmente inteligentes passam a ter maiores chances de crescimento e desenvolvimento, por saberem trabalhar e interferir no emocional dos colaboradores, buscando sempre o melhor desempenho das atividades.

Saber contornar conflitos e problemas proporciona um clima organizacional mais harmônico e um bom relacionamento interpessoal, além de um melhor rendimento e aumento da produtividade, alcançando assim os resultados desejados.

Características que definem um bom gestor

Definitivamente a era dos “chefes-primatas” já não faz mais parte da rotina das empresas, ou já não tem mais espaço para as organizações atuais. Gestores que se preocupam unicamente em entregar resultados às custas de gritos e assédio moral já não compõe empresas que desejam alcançar o sucesso e crescimento contínuo.

Líderes que sabem lidar com a inteligência emocional:

Reconhecem e controlam melhor as emoções próprias e da sua equipe;

Desenvolvem novas habilidades;

Criam atitudes proativas;

Constroem melhores relacionamentos interpessoais;

Conquistam pessoas através de um melhor comprometimento;

Sabem lidar com diferenças e trabalham com diferentes perfis de profissionais no grupo;

Sabem lidar com desafios e resolvem os problemas com soluções conscientes.

Dicas Simples para Melhorar o Clima no seu Ambiente de Trabalho
Por LEANDRO BAZETH LEVONE

Professor, o problema não é de conhecimento. O que falta é berço”, disse-me o empresário ao relatar os problemas que estava enfrentando em relação às pessoas em suas empresas. “São pequenas coisas que deveriam ter sido ensinadas em casa ou na pré-escola”, desabafou. Fiz uma lista com algumas dicas simples que fariam uma enorme diferença para melhorar o clima de uma empresa:

Lembre-se sempre de dizer “com licença”; “por favor” e “obrigado”, mesmo que alguém esteja cumprindo sua obrigação ou seja muito amigo;

Fale baixo. Ria baixo. Não seja inconveniente;

Use o telefone e a internet somente para assuntos de trabalho. Evite usar esses meios para assuntos particulares;

Ao tomar emprestada alguma coisa, nunca se esqueça de devolver e agradecer;

Ajude a manter limpo o ambiente de trabalho. Mantenha limpo o sanitário após o uso. Cuidado com copos e xícaras sujas. Arrume sua mesa de trabalho;

Não fale mal dos outros. Não se envolva em fofocas;

Cuidado com as anedotas e brincadeiras pessoais, como apelidos, etc. Cuidado para não ofender as pessoas;

Cuide de sua imagem. Vista-se sobriamente. Afinal você está num ambiente de trabalho e não numa festa ou diversão;

Controle a sua agressividade. Cuidado com a forma de falar e escrever. Não seja rude.

São coisas simples que farão uma enorme diferença para que o clima de sua empresa favoreça a produtividade e a excelência.

Vamos Refletir sobre isso!!

PROFESSOR Leandro Bazeth Levone é Administrador de Empresas, Coach membro da Sociedade Brasileira de coaching com especialização certificada pela Universidade de Harvard nos EUA, Coordenador do MBA em Gestão Pública da CIMPRO, é atualmente Secretário Municipal de Administração da Prefeitura de Itaperuna, Palestrante, Consultor de Negócios e Consultor Governamental, com Mestrado em Economia Empresarial pela UCAM, é Mestrando em Gestão Regional e Planejamento de Cidades pela UCAM, Pós-graduado em Gestão e Desenvolvimento Empresarial pela UFRJ, especialista – pós-graduado em Direito Público pelo IDP – Instituto Brasiliense de Direito Público, pós-graduado – MBA Executivo Internacional em Gestão de Projetos na Fundação Getúlio Vargas e cursa uma pós-graduação em Teologia Internacional. Foi Secretário Municipal de Administração do Município de Natividade de dezembro de 2006 a julho de 2010, ano em que se tornou Secretário Municipal de Administração, Fazenda e Planejamento em Natividade onde permaneceu até maio de 2015 e é Professor convidado nos cursos de Pós-graduação Lato Sensu – MBA da FACC-UFRJ (Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio de Janeiro).