O ex-governador do Rio Anthony Garotinho escreveu uma carta à direção do presídio Bangu 8, onde está detido desde o fim de novembro, na qual anuncia que está em greve de fome.
Na carta, Garotinho afirma que é vítima de uma “injustiça” e que, por isso, está cometendo este “ato extremo”. Ele diz ainda que está preso por uma retaliação às acusações que fez contra o ex-governador Sérgio Cabral. Garotinho afirma também que não quer mais o direito ao banho de sol, tampouco receber visitas de advogados e familiares.
“Minha atitude é um grito de desespero contra a injustiça que venho sofrendo, abalando fortemente minha família “, escreveu Garotinho no documento. Ele diz ainda que quer ser ouvido pelo Conselho Nacional de Justiça. “É uma decisão pessoal, pacífica. Sei das consequências para minha saúde, mas não há horizonte”, comenta ele em outro trecho do texto.
Anthony Garotinho já fez uma greve de fome em 2006, após denúncias de irregularidades em sua pré-campanha à Presidência da República. Na ocasião, ele dizia que era perseguido politicamente.
O ex-governador foi preso pela Polícia Federal em novembro, durante uma ação que apurava crimes de corrupção, concussão (recebimento de dinheiro indevido ou obtenção de vantagens), participação em organização criminosa e falsidade na prestação das contas eleitorais.