Em greve desde o dia 2 de março de 2016, os profissionais da educação do Estado do Rio seguem em paralisação em toda a rede estadual reivindicando melhorias no setor. De acordo com o Sindicato estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), a maioria dos funcionários e professores do estado apoia a greve.
Em todo o município de Itaperuna, todas as escolas, exceto o Colégio Agrícola, participam da paralisação que já dura quase dois meses. Há escolas com 90% de adesão. No Noroeste inteiro, estima-se um quantitativo de 70% de adesão. A FAETEC também aderiu o movimento.
Criado no dia 25 de janeiro de 2016, pela professora Ludmila Maria Clemente, o Movimento Gota D’água tomou a dianteira no interior do Estado, representando a Região Noroeste. “O nome Gota D’água nasceu do sentimento de insatisfação da categoria e representa o ‘BASTA!’ ao governo”- explicou a fundadora.
Os profissionais da educação protestam contra o que está sendo chamado de “Pacote de maldades do governo”: a alteração no plano previdenciário aumentando o desconto de 11% para 14%; o parcelamento do 13º salário; a mudança no calendário de pagamento; a falta de reajuste há mais de 2 anos para a categoria(visto que o governo firmou o compromisso de aumento para a categoria para agosto de 2015 e não cumpriu).
“Quero agradecer ao Jornal Brasil Novo pela oportunidade de mostrar à comunidade a verdade sobre a greve. Estamos firmes e centrados nos nossos objetivos que trarão benefícios para todos. A luta continua, a greve está forte e vamos em frente” disse a professora Ludmila Maria.
No último sábado (30), membros do movimento se reuniram na praça dos camelôs, em frente à Matriz São José do Avaí, para um “Comício em prol da educação”, que se repetirá na próxima quinta-feira (28), às 19h no mesmo local. Na manifestação deste sábado(30), os profissionais da educação receberam a visita e o apoio do vereador França Bombeiro. “Vamos esclarecer tudo que pode estar assombrando os pais e responsáveis, através da fala de quem está contra a greve, deixando a população segura e disposta a lutar conosco. Nós somos trabalhadores honestos em busca de dignidade! Valorizamos o nosso trabalho e, por isso, exigimos respeito! Sabemos que o estado está falido, mas nós e os aposentados não vamos pagar pela incompetência e irresponsabilidade de políticos corruptos!”, desabafou Ludmila Maria em entrevista ao JBN.
Foto: Ludmila Maria