As cidades de Itaperuna e Bom Jesus do Itabapoana recebem no dia 16 de maio, o revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016. O evento acontece na primeira fase da viagem da Chama Olímpica pelo país, que teve início em Brasília. Cada pessoa levará o Fogo Olímpico por cerca de 200 metros, entre atletas e anônimos.  No domingo, dia 15 de maio, a caravana pelo Sudeste sai de Juiz de Fora, Minas Gerais, passa por outros três municípios mineiros e entra em território fluminense por Itaperuna, na segunda-feira, dia 16.

Em Itaperuna o trajeto do Revezamento da Tocha Olímpica será feito pela Avenida Cardoso Moreira, no sentido Casa das Peças até à Concha Acústica. Esse lado da avenida será fechado na véspera, 15 de maio (domingo) e pista só será liberada após a passagem da Tocha. O Comitê Organizador do Revezamento orienta aos motoristas a não utilizarem seus veículos no dia do evento, pois o trânsito estará fechado. Já o comércio local funcionará normalmente.

Oito pessoas conduzirão a tocha pelas ruas e avenidas: sete selecionadas pelos patrocinadores do evento (Coca-Cola, Nissan e Bradesco) e uma indicada pela cidade. A atleta e estudante da APAE de Itaperuna, Jéssica Camp, de 26 anos, foi a condutora escolhida pelo Comitê Olímpico. Jéssica é moradora do bairro Boa Fortuna e se dedica diariamente aos treinos de natação na APAE do bairro Cehab e nas piscinas de um clube da cidade. Jéssica foi medalha de ouro nas Olimpíadas Especiais das Apaes no Mato Grosso do Sul.

Mais três nomes foram escolhidos e confirmados pelos patrocinadores: Rogério Ferreira Costa foi o escolhido pelo patrocinador Bradesco, Waldney Ruivo De Paula pela Coca-Cola e Dayvid Carlos Tozato Piovezan, foi o escolhido pela Nissan. Uma parada técnica no Complexo Poliesportivo realizará a cerimônia dos “Anfitriões da Tocha”, escolhidos pelo MEC, através de um concurso de redação. Evellyn Goulart Sindra e Eduarda Pains Campos, do Colégio Estadual Luiz Ferraz e Daniel Pereira Temperine do IFF, passarão a Tocha Olímpica para o primeiro condutor.

12804076_774354166029534_863880724_nFoto: Jorge Luiz

De Itaperuna, a Chama Olímpica segue para Bom Jesus do Itabapoana, onde o condutor escolhido pelo Comitê do revezamento, o professor de Educação Física Márcio da Silva, de 36 anos, terá a honra de conduzir o artefato pelas ruas da cidade. Depois do desfile e de um evento na Praça Governador Portela, no centro, a Tocha Olímpica será embarcada para Cachoeiro de Itapemirim (ES). Além de Márcio da Silva, também conduzirão o símbolo das Olimpíadas Rio 2016, José Guilherme de Almeida (Coca-Cola); Ewerton Martins Dias (Nissan); Camila Zamboni Garcia (Coca-Cola) e Sandro Luiz Rosa Reis (Bradesco).

A cerimônia de acendimento que deu início a esta jornada aconteceu no Templo de Hera, em Olímpia, na manhã do dia 21 de Abril. Após o ritual milenar, a tocha iniciou sua jornada e segue em revezamento até o acendimento da pira na abertura dos Jogos, no Maracanã, em 5 agosto, no Rio de Janeiro.

A opinião dos Itaperunenses

Assim como a realização dos jogos olímpicos no Brasil gerou questionamentos e opiniões diversas e opostas no âmbito nacional, a passagem da Tocha Olímpica por Itaperuna também criou debates e discussões entre os moradores do município. O JBN foi às ruas para saber a opinião dos moradores da cidade:

Como Profissional de Educação Física, amante e incentivadora do esporte, me sinto lisonjeada em participar desse momento histórico. Seremos sedes de um dos maiores espetáculos mundiais relacionado ao esporte. E mais do que isso, receberemos a tocha olímpica em nossa cidade. Essa é uma grande oportunidade de incentivar os nossos atletas e futuros atletas, que almejam um dia participar de um evento tão grandioso e importante como esse.”  – Lívia Almeida, 22 anos, Personal Trainer.

Sou completamente a favor do esporte, porém não acho que este seja o melhor momento para focarmos em tal coisa. O país está em crise. Você sabia q nossa prefeitura tem gastos com estes eventos? A cidade está cheia de melhorias que precisam ser realizadas na educação, desempregos, transportes públicos, etc… Mediante a tudo isso, que prazer teríamos nós em vermos um cidadão passar com uma tocha acesa na mão se há muitos postes com as luzes apagadas precisando de manutenção?” – Carla Cerqueira, 30 anos, empresária.

“Vejo no simbolismo da tocha olímpica, a importância de termos boas referência para se espalhar. Vivemos um apagão de líderes comprometidos com o coletivo e para mim o ícone que é a tocha, nos remete nos tempos atuais a importância de se competitivo mas também ético com os princípios que norteiam as olimpíadas e o esporte.” – Anderson Luiz Souza, 37 anos, Administrador de Empresa e Técnico em Transações Imobiliárias.

“Em meio a crise é difícil, mas é necessário analisarmos a importância das Olimpíadas dentro de um contexto histórico. Por esse motivo, torço para que a passagem da Tocha Olímpica em Itaperuna seja uma histórica aula a céu aberto.” Júlio Pillar, 33 anos, Professor de Biologia.