Os bancários querem ter direito à aposentadoria, férias e respeito à jornada de trabalho, e para que seus objetivos possam ser alcançados, uma paralisação deverá ocorrer no dia 28 de abril. O movimento faz parte de uma ação estratégica para derrotar a reforma da Previdência, a reforma trabalhista e a terceirização propostas pelo governo de Michel Temer, em iniciativa discutida com as demais centrais.
Em Itaperuna foi realizada uma assembleia na terça-feira (18) no Sindicato dos Bancários do Norte Noroeste Fluminense e ficou decidido que os profissionais vão parar no próximo dia 28 de abril.
Está sendo programado um ato público, que contará com a participação dos Sindicatos dos Bancários e Professores, além de uma representação do Instituto Federal Fluminense.
De acordo com os bancários, as reformas que estão sendo propostas pelo governo de Michel Temer representam um retrocesso para os trabalhadores, já que põe fim a uma série de conquistas da categoria ao longo dos anos. Para inserir Itaperuna no movimento nacional, uma passeata está sendo programada para percorrer o Centro da cidade.
Reforma da Previdência — Se aprovada no Congresso, a polêmica medida vai criar novas regras de idade e de tempo de contribuição, por exemplo. A reforma será feita por meio de uma proposta de emenda à Constituição (PEC). A partir da aprovação dessas novas regras, a aposentadoria passa a ser concedida para os brasileiros a partir dos 65 anos. Além disso, para adquirir esse direito, o trabalhador terá de ter contribuído por, no mínimo, 25 anos.
Terceirização — A lei da terceirização, aprovada pela Câmara dos Deputados, no dia 22 de março, regulamenta a prática e permite que as empresas terceirizem todas as atividades – inclusive as chamadas atividades-fim, a principal atividade da empresa, aquela para a qual a companhia foi criada. Com a aprovação da lei – que depende somente de sanção presidencial –, uma escola poderia terceirizar a contratação de professores. Antes, só era permitida a terceirização de atividades-meio – como limpeza e segurança.
Da redação do JBN – Foto: Divulgação (arquivo)