Entenda a história do principal nome do associativismo farmacêutico do país

Aos 59 anos de idade, a história de Edison Tamascia pode servir de inspiração, sendo que, ao olhar essa trajetória é muito mais lógico dizer que pelo arquétipo estaria propenso a passar pela vida de maneira discreta, seja por questões geográficas – nasceu onde oportunidades praticamente inexistiam -, seja pela baixa qualificação acadêmica.

Mas, com uma visão de mundo inovadora, Tamascia se destacou e se tornou o maior nome do associativismo do Brasil e um dos principais do mercado farmacêutico. Hoje de seu escritório localizado na Avenida Paulista, ele é presidente da Farmarcas – quarto grupo farmacêutico do país e um dos que mais crescem – e da Febrafar, uma associação de auxilia na gestão de 60 redes e mais de 10 mil farmácias do país.

Sua visão humana fez com que em 2020 essas duas empresas colocadas entre as melhores empresas para se trabalhar no país. “Para gerir organizações, no meu ponto de vista, vai muito além de ver friamente números. Sou uma pessoa objetiva nos negócios, mas sempre me emociono ao ver a felicidade de minha equipe, e isso resulta em números”, explica Edison Tamascia.

Nascido em 1961 em Paranuapuã, um vilarejo rural do interior de São Paulo com 3 mil habitantes na época, hoje ele ostenta resultados que invejado pelo mercado. Com a Febrafar crescendo 26,1% e a Farmarcas atingindo a marca de 31,37%. No mesmo período o mercado farmacêutico cresceu cerca de 15% e o Brasil teve crescimento negativo.

O conhecimento de Edison, com a gestão de farmácias teve início com 16 anos, quando conseguiu um emprego na Droga Lúcia, depois passou por todas as áreas de uma farmácia e em 1991 virou sócio de uma loja.

Foi em 1996 que Edison tomou conhecimento do que era o associativismo. Edison foi mais longe e assumiu uma nova maneira de pensar, entrando em simbiose com aquele modelo de negócios. “O associativismo entrou na minha alma de uma maneira que eu não sei explicar. Virou meu mantra, a minha forma de ver a vida. Não só no âmbito empresarial, mas em todo o resto das coisas eu consigo enxergar a associação e o associativismo”.

No associativismo ele também teve uma história de muito crescimento até criar, em 2000, a Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar).

Então Edison já tinha dirigido uma rede associativista, já tinha sido um palestrante com relativo sucesso, já tinha se tornado colunista das principais revistas do segmento e já conseguia viver com um relativo conforto com a atividade.

Mas como nunca gostou da zona de conforto, querendo mostrar as ferramentas poderiam ajudar as farmácias, logo criou a primeira loja da Rede Ultra Popular, que foi o embrião da Farmarcas, uma administradora de redes de farmácias que já possui 11 redes e mais de 1.200 farmácias.

Hoje Edison é a grande referência do associativismo do país. Sendo também uma pessoa que está sempre aberta para levar suas ideias e esse modelo para outros setores, no Brasil e no mundo. Mostrando com isso que ser um gestor é ir muito além dos número, mas acreditar nas pessoas e saber se cercar das pessoas certas.