Método inédito contribui para as escolas
atenderem à nova norma de ensino bilíngue

Prestes a serem homologadas pelo Ministério da Educação, as Diretrizes Nacionais para a Educação Plurilíngue definem a escola bilíngue principalmente como a que trabalha os conteúdos acadêmicos em dois idiomas. É exatamente este o conceito da abordagem “Conteúdo e Língua Integrados à Aprendizagem” (CLIL), ratificada pela Comissão Europeia na década de 90. A startup educacional Realvi, que oferta as disciplinas de Ciências, Geografia, História e Matemática em inglês, no Ensino Fundamental, utiliza-se dessa abordagem.

Carlos Trindade, diretor de inovação da Realvi, observa que as escolas que queiram ser oficialmente classificadas como bilíngues, no contexto das novas diretrizes, podem contar com a solução da empresa. “Disponibilizamos plataforma 100% digital, utilizando recursos de inteligência artificial, realidade aumentada, captura e reconhecimento de voz dos alunos e conteúdo atualizado diariamente”, revela.

“A abordagem CLIL, ao desencadear um processo simultâneo de aquisição de língua e de conhecimento, torna possível um aprendizado profundo”, ressalta Carlos. Os possíveis benefícios para a mente e o cérebro, como resultado da habilidade de pensar em mais de uma língua, têm sido um importante foco de pesquisas, salienta, frisando que “os dois idiomas formam um sistema conectado, único, para os processos de pensamento”.

As novas diretrizes para normalização das escolas bilíngues foram aprovadas há um ano pelo Conselho Nacional de Educação. Trata-se do parecer CNE/CEB 2/2020, de 9 de julho do ano passado. Para entrarem em vigor, resta apenas a homologação do Ministério da Educação. Para Carlos a regulamentação é importante, pois a oferta e a busca por escolas bilíngues têm aumentado no Brasil. Segundo a Associação Brasileira do Ensino Bilíngue, o crescimento é estimado entre 6 e 10%, no período de 2014 a 2019.