MERCADO EM DESTAQUE

CAFÉ: NY dispara e supera US$ 1,40 com clima no Brasil e “embalo” técnico
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta segunda-feira com preços acentuadamente mais altos.
Em uma sessão volátil, em que NY chegou a ter perdas com realização de lucros, o mercado reverteu fortemente ao terreno positivo e fechou com alta acentuada, rompendo a importante linha técnica e psicológica de US$ 1,40 a libra-peso. No contrato julho/2021, os preços fecharam no patamar mais elevado desde o final de 2019. E para a primeira posição (que hoje é maio) no gráfico de mercado contínuo este é o nível mais alto de fechamento desde agosto de 2017.

Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, o mercado subiu com a apreensão com o clima seco no cinturão cafeeiro do Brasil. Isso gera temores com o desenvolvimento final dos grãos arábica para a safra deste ano de 2021 ainda, que começa a ser colhida em maio.

Afora isso, Barabach diz que o mercado ganhou “embalo técnico”, rompendo resistências e atraindo ainda mais compras de fundos e especuladores. Stops de vendidos foram sendo acionados e as ordens automáticas de compras intensificaram a subida. O mercado rompeu bem US$ 1,40 a libra-peso, fechando acima de US$ 1,43.
O mercado também começa a se posicionar para a temporada de frio no Brasil, quando as massas de ar polar trazem os temores de geadas junto com as baixas temperaturas. E fundos e especuladores posicionam-se com cautela diante desse período.
A queda do dólar contra o real foi outro aspecto altista em NY.
Os contratos com entrega em maio/2021 fecharam o dia a 141,75 centavos de dólar por libra-peso, com alta de 4,90 centavos, ou de 3,6%. A posição julho/2021 fechou a 143,35 centavos, elevação de 4,85 centavos, ou de 3,5%.